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segunda-feira, 25 de junho de 2012

O que é adoração?


Estou certo que todos os que estão lendo esse texto já ouviram um milhão de definições diferentes de adoração. Porém, creio que é sempre bom colocar um novo foco em nossa forma de pensar para nos mantermos afiados. Já que estamos no início de um novo ano, talvez seja uma boa hora de reconsiderarmos o que a adoração é para nós.

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No passado, meu conceito sobre adoração era totalmente centralizado em música. Adoração, para mim, era sempre a música antes da pregação ou as músicas lentas depois do "louvor". Pensava que adoração era um tempo de cantar, tocar instrumentos e erguer minhas mãos ao Senhor. Esse tempo gasto em Sua presença era grandioso. Não posso negar que Ele realmente habitasse nesses louvores. Porém, quando a música terminava e o período de adoração acabava, era hora de ofertar, ouvir a palavra e viver o resto da semana. Para a maioria de nós, a adoração tem esse espaço em nossas vidas. Se foi devido à nossas agendas cheias, hábitos formados ou falta de ensino apropriado que isso aconteceu eu não sei, mas a adoração foi compartimentada e definida como algo que não corresponde a realidade. Adoração não é apenas uma canção. Não é somente dança. Não é apenas uma preparação para a pregação. Não é um mandamento. Adoração é uma resposta. O dicionário online webster oferece três grandes definições de adoração:


·    o ato de adorar, especialmente reverentemente;

·    considerar com grande temor e devoção;

·    sentir um amor profundamente dedicado.

 

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A adoração é uma resposta ao amor. Se amamos alguém, isso afeta nossos pensamentos, nossas ações, e nossos corações. Atos de adoração são uma resposta a esses efeitos. Se nós realmente adoramos reverentemente ao Senhor, isso afeta muito mais que cantarmos ou a forma com que cantamos. Esse amor enche nossa vida até ao ponto que em que tudo se torna uma expressão desse amor. Podemos adorar ao Senhor com músicas, em dança, ao ofertar, em como nos conduzimos nos nossos empregos, em como tratamos outras pessoas, e em como vivemos nossas vidas. Romanos 12:1 ensina-nos que oferecer nossos corpos como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Deus é nosso ato espiritual de adoração. Nossa vida inteira deve ser um ato de adoração que renda louvor a Ele. E como a Palavra promete, Deus habita em meio aos louvores de Seu povo. Eu estou preparado para Deus habitar continuamente em minha vida.

O que é adoração? Poderíamos dizer que é uma honra que se presta a Deus, em virtude do que Deus é e do que significa para os que O adoram. A palavra hebraica que mas se usa para “adoração” no velho testamento significa “inclinar-se”. É o caso, por exemplo, em Gn 18.2. A palavra grega que geralmente se utiliza no Novo Testamento é “proskuneo”, e significa “prestar honra”, tanto a Deus como aos homens.

Está claro que é dever de cada criatura inteligente adora a Deus. Os anjos O adoram (Ne 9.6). Os Seus santos O adoram. No Evangelho eterno os homens são chamados a dar glória a Deus e a adorá-Lo (Ap 14.7). E dentro em breve tudo que há sobre a terra O adorará (Sf 2.11;   Zc 14.16; Sl 86.9)

Porém, enquanto os anjos honram a Deus segundo a verdade, porque sabem quem Ele é, os homens também deve procurar conhecê-lo e adorá-Lo, não apenas exteriormente, mas sim com o coração, uma honra que procede dos sentimentos de amor do homem para com Deus.

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"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem", (João 4: 23).

1- ADORAR: Muitas pessoas pensam que adorar é orar e cantar louvores. Na verdade isso é apenas cultuar; adorar é muito mais profundo do que isso. Veja que enquanto amar significa se relacionar com plena igualdade, seja na dor, na alegria etc; adorar significa se submeter e servir, seja na dor, na alegria etc. (quem ama, divide, compartilha; quem adora, se prostra, se submete aos ensinamentos e ordenanças com total confiança).

2- ESPÍRITO: A palavra espírito está relacionada à alma, à parte do ser humano que não tem aparência física, mas controla todo o corpo semelhantemente ao "software" nos computadores e robôs. Referir-se ao espírito é referir-se a parte não-aparente, porém, a mais importante.

3- VERDADEIRO: A palavra verdadeiro significa sem falsidade, sem hipocrisia; de coração puro.

Então, a afirmação: "Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito..."; em palavras mais simples poderíamos traduzir assim: os verdadeiros servos servirão ao Pai com o interior da alma, isto é, por vontade própria e sem produzir aparências inúteis tais como discursos demagogos, orações repetitivas, histerias em praça pública, etc.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Jesus Cristológico parte 2


Partidos no tempo de Jesus

Na época de Jesus, os partidos eram ao mesmo tempo religiosos e políticos. 
A mesma lei organizava o culto ao Deus único e vida política do povo.


Acontece que os partidos defendiam, em nome de Deus, programas diferentes, 
de acordo com seus próprios interesses. E cada um dizia que o seu partido era o de Deus.

Os partidos de classe dominante eram dois:
· Os saduceus, especialmente na Judéia;
· Os herodianos, na Galileia.

Os partidos da oposição em três:
· Os fariseus;
· Os zelotes;
· Os essênios.
fariseu

Os Saduceus
O nome Saduceu vem de Sadoc, que foi sumo sacerdote no tempo do Rei Davi.

Os Saduceus eram os defensores da ordem estabelecida. Eram de nobreza leiga e 
a maior parte era sacerdotal: os chefes dos sacerdotes e os anciãos do Sinédrio. 
Eram muito ricos.


Origem: 20 ou 30 anos antes de Jesus nascer, começou um movimento de colonização
da Galiléia. Os ricos do sul diziam que na Galiléia havia pagãos e que era necessário
esclarecê-los na fé. Mas não eram bem assim. O interesse era outro: era a terra que eles cobiçavam.


Os ricos do sul foram chegando na Galiléia e se apropriando da terra do povo, que 
ficou cada vez mais pobre.


Ricos eram os saduceus, amigos dos sacerdotes e novos donos da terra. Pobres eram
os que trabalhavam naquela mesma terra, oprimidos pelos patrões.

Eram conservadores. Colaboravam com o império para não serem destituídos de seus cargos.

Rejeitavam os ensinamentos de Jesus, tais como a ressurreição dos mortos e a imortalidade
da alma. Só admitiam o Pentateuco como livros sagrados. Eram fanáticos pelo Sábado.


Esperavam o Messias numa aparição gloriosa. Não acreditavam nas promessas messiânicas. 
(Mc 12, 18)
escriba
Herodianos
Eram do partido do Rei Herodes e talvez, altos funcionários de sua casa. Eram
conservadores e favoráveis à presença dos romanos.
Quando Herodes Antipas construiu a capital, para bajular o imperador romano Tibério,
chamou a cidade de Tiberíades.
Eram opositores fortes dos zelotes e perseguiam "agitadores políticos" na Galiléia.
Foram os responsáveis pelo assassinato de João Batista.
Uniram-se aos fariseus e escribas para combater Jesus. (Mc 6, 16-20; 3, 6; 12, 13).

Fariseus
O termo fariseu quer dizer separado.
Os fariseus formavam o partido do povo, tendo grande influência junto a ele. Era composto
de trabalhadores rurais, artesãos e pequenos comerciantes. Gostavam do dinheiro embora
afirmassem que a parte espiritual era mais importante.
Nas sinagogas gostavam de ocupar os primeiros lugares e quando alguém não concordava com
a doutrina deles, o expulsavam.
Foram os fariseus e os Doutores da Lei (escribas) que começaram a organizar o povo depois
que voltaram do cativeiro da Babilônia. O templo tinha sido destruído e o grupo que voltava do
cativeiro estava muito empobrecido.
Quando chegaram a Palestina encontraram novas idéias e costumes trazidos pelos gregos e
romanos (exemplo: moços casavam com moças da moça de outra nação). Combateram esses
costumes como forma de unir o povo, em torno da observância mais rigorosa da Lei de Moisés.
Com o tempo viraram fanáticos. Insistiam muito em coisas exteriores, visíveis (exemplo: a
observância do Sábado, do jejum, da esmola, circuncisão, etc.). faziam tudo isso para mostrar
que eram judeus observantes da lei de Moisés e de outras prescrições impostas pela tradição.
Eram rígidos em suas posições. Oprimiam a quem não seguisse seu fanatismo.
Prendiam-se às exterioridades, mas deixavam dominar-se pela injustiça. Jesus os comparou
à sepulcros caiados.
Sustentaram a luta armada de Judas Macabeu. Eram nacionalistas, inimigos dos conquistadores
estrangeiros. Achavam que o Messias viria como guerreiro, para expulsar os romanos.
JESUS E OS FARISEUS
Zelotes
Em grego, zelotai = zelotas ou fanáticos. Este partido revolucionário teve início no século I,
sob a influência de Judas de Gamala, o Galileu. Representavam a ala mais radical dos fariseus.
Os dirigentes conservavam todo o entusiasmo dos movimentos de libertação anteriores, o
mesmo fanatismo pela lei escrita e a tradição oral mais rigorosa. Eram excluídos radicalmente
desse movimento os que colaborassem com o Império com o Império Romano. Eram os nacionalistas
mais radicais entre os judeus.
Aspiravam pela instauração do Reino de Deus, que para eles se resumia numa libertação da
dominação estrangeira. O Messias seria um Rei Ungido por Javé, que instauraria seu reino
definitivo. Acreditavam que suas instituições (monarquias, templo, sacerdócio e sinagoga)
eram válidas e permanentes. Era preciso apenas purificá-las.
Sonhavam com a reorganização da propriedade segundo a vontade de Deus, como redistribuição
dos latifúndios, libertação dos escravos e supressão de dívidas. Para eles, a vinda do reino
dependia da ação revolucionária. Não aceitavam a passividade. Se organizavam clandestinamente
em regiões montanhosas e se preparavam para a luta armada contra os romanos.
Não pagavam impostos a Roma. Eram contrários ao recenseamento. Mobilizaram o povo com
promessas de libertação. Conseguiram adesões de muitos rabinos, sacerdotes e da massa
popular. Recrutavam militares entre os jovens camponeses empobrecidos pelos romanos.
Praticavam os assassinatos, seqüestros de personagens importantes, roubavam os ricos.
Eram chamados: zelotes, ladrões ou bandidos (criminosos políticos), sicários (terroristas)
, galileus (por atuarem na Galiléia). Entre os discípulos de Jesus havia zelotes, Simão,
o zelota (Mc 3, 18).

Os Essênios
Sua origem é do século II antes de Cristo. Separaram-se dos fariseus na época dos Macabeus
. Em 1947, ficamos sabendo de sua existência, através da descobertas dos livros e dos pergaminhos
do Antigo Testamento, nas cavernas de Qumram. Os essênios conservaram vários escritos
extra-bíblicos. Assemelhavam-se a uma comunidade de monges com disciplina rígida. Tinham
os seus bens em comum, não usavam armas. Praticavam a pobreza, o celibato e a obediência a
um superior. Estudavam as Escrituras.
Eram fiéis à Lei de Moisés. Não freqüentavam o Templo. Fervorosos, separam-se dos "maus",
dos impuros e dos pagãos. Sua espiritualidade era apocalíptica. Esperavam a intervenção
dos "exércitos celestes" para a volta da teocracia (governo de acordo com a ordem religiosa).
Deixaram Jerusalém e foram morar em grutas. Eram camponeses e viviam do produto de seu trabalho.
Tinham pouca influência sobre o povo.
Foram destruídos pelos romanos no ano de 68 depois de Cristo. Talvez João Batista tenha pertencido
a esse grupo, pelas características de sua pregação. Eles também pregavam a conversão (Mc 1, 14-15).

Jesus e os partidos
Jesus não pertenceu a nenhum partido: nem da classe dominante, nem da oposição. A proposta de
Jesus é o Reino de Deus. O poder que ele deseja é o poder não para dominar, sim para servir.
A liderança não foi populista. Ele foi ao povo por que o amou, e sendo pobre, sentiu na carne
a mesma opressão do povo. A política de Jesus foi em favor dos oprimidos. Os cristãos não devem
"fazer média" quando se trata dos injustiçados. Devem tomar posição!

Situação Religiosa e Ideológica


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Monoteísmo


O que caracteriza o pensamento de todo o povo da Palestina era a crença em um Deus único. Os
dominadores romanos tinham uma religião politeísta, isto é, que cultuava várias formas de
divindades. Adoravam os imperadores falecidos como deuses. Contudo, seu costume era não
interferir nas crenças religiosas dos povos dominados. Apenas combatiam a religião dos
dominados quando esta colocava em perigo o seu poder. Destruíram Jerusalém no ano 70 d.C.
por causa disso.
A Igreja Primitiva também foi perseguida pelos romanos. Isso, porque os cristãos se
opunham a adoração ao Imperador, questionando sua política de opressão.
Doutores da Lei
Ensinar e interpretar as escrituras, desde a volta do exílio, era o papel dos sacerdotes,
mas alguns leigos assumiram aos poucos essa missão. Eram osescribas ou doutores da lei.
O povo tinha veneração pelos escribas, por serem especialistas nas Escrituras. Mas também
tinham medo deles, pois passaram a exercer um controle ideológico. Eram eles que diziam
o que era certo ou errado, bom ou ruim, santo ou profano... Muitas vezes estavam ligados
à classe dominante.
Muitos fariseus eram escribas (Mc 2, 16; 7, 5; 9, 11; 12, 38). Os fariseus e os escribas
tornaram-se "donos" da consciência do povo, impondo suas idéias. Eles tinham uma visão
fechada sobre o homem.
Para observar o Sábado e a pureza ritual eles tinham mais de 600 leis com aplicação
minuciosa. Faziam o povo se sentir culpado e distante de Deus, por não conseguir
observar todas as minúcias da lei (Mt 23, 13).

Samaritanos
Eram considerados raça impura pelos demais judeus, por serem descendentes de
população misturada com estrangeiros. Os samaritanos se julgavam israelitas
autênticos, veneravam Moisés e esperavam o Messias.
Por serem marginalizados, tinham pouca influência sobre a maneira de pensar
do restante da Palestina.
Jesus diz que os samaritanos, longe de serem impuros, podiam ser modelos de
pensar, agir, amar e rezar. (Lc 10, 33).

Sacerdotes
O Sumo Sacerdote controlava o Templo e através dele, toda a vida econômica
do país. Naquele não havia banco e o Templo servia para isso.
Todos os judeus era obrigados a ir ao Templo uma a três vezes por ano.
Tinham que pagar impostos ao Templo e o dízimo aos sacerdotes. Era mais de
60% do valor dos produtos que ia parar nas mãos dos grandes. Grande parte
ia para os cofres do Templo. Com o dinheiro que se ia acumulando, os
sacerdotes compravam terras.
fariseus xxxx
Os romanos deixavam que os sacerdotes tomassem certas decisões econômicas,
contanto que eles dessem o dinheiro exigido por Roma. O culto era um
instrumento ideológico, muito baseado no puro e impuro. Puro era quem ia
ao Templo pagar seus tributos, os demais...

Parte 3 – Jesus e o Reino de Deus
Um povo que tinha esperança
A fé num Deus que caminhava no meio do seu povo, fez surgir nos judeus, já
cansados pela opressão do sistema político, a esperança de que viria um dia
em que o mal e a desgraça teriam um fim. E a esperança se fazia conforme a
cultura e posição social das pessoas.
Havia os que acreditavam que a salvação estaria num chefe militar que,
expulsando os romanos, estabeleceria a monarquia de Davi. Outros esperavam
um chefe religioso, como um sacerdote, por exemplo, para purificar o templo
(essênios). Alguns outros, ainda, esperavam a vinda dum profeta Moisés.
Porém, o grupo dos que estavam no poder não esperavam mais nada...
Como seria este dia
Quanto a essa questão, as opiniões também se apresentavam divididas. Uns
esperavam pelo dia da vingança; neste dia Deus faria uma intervenção direta,
sem intermediário. Assim pensavam os essênios, fariseus, batistas, etc. Alguns
fanáticos, porém, achavam que eles seriam os instrumentos dessa vingança, e
acreditavam numa vingança armada. Era o grupo dos zelotes.
Quem seria o libertador
O povo de Deus, depois de tantas vezes expulsos de sua terra e em meio a tantos
sofrimentos descobrem através dos profetas que a libertação não viria através
dos grandes e sim do próprio povo pobre e sofredor. O mesmo povo do qual a
Bíblia fala tantas vezes, ora referindo-se a comunidade dos pobres confiantes
em Deus (Sofonias 3, 12) ora a um profeta anônimo e representante do povo e
que dá sua vida pela libertação de todos (Is 52, 13 e 53,4) ou mesmo do próprio
Jesus Cristo, "o servo sofredor" (Mt 8, 17).
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Para o povo do Reino de Deus, significava Deus tirando o poder injusto dos grandes
e ajudando os oprimidos a vencerem os seus inimigos. Mas no tempo de Jesus as
idéias eram bem confusas:
Os sacerdotes, escribas e fariseus, com suas religiões hipócritas, pretendiam ser
os donos do saber e roubavam a própria consciência histórica do povo.
Os zelotes, apesar de certo interesse no povo, contrariavam a esperança messiânica,
por causa do comportamento fanático, violento e falta de alternativa.
Os herodianos e saduceus, preocupavam-se com os privilégios que a situação presente
lhes proporcionava. Estavam longe das aspirações do povo.
Em resumo, apenas um pequeno grupo tinha uma visão mais esclarecida sobre o Reino de
Deus e esperavam por um reino de justiça e amor.
6 as tradições e os costumes dos antepassados.
Maria, no canto Magnificat (Lc 1, 46-55) recorda ao povo que outrora, Deus se
comprometera a libertar o povo oprimido.
José, "chamado justo", Zacarias, Isabel, Simeão e tantos outros também partilhavam
dessa mesma esperança de Maria.

O Reino de Deus inaugurado por Jesus
Jesus vivia num ambiente popular, onde era viva e forte a espera de um Reino que
fizesse a justiça aos oprimidos, por isso a proposta de Jesus vem mexer com a luta
pela libertação do povo sofredor. Jesus se revela o ungido, aquele sobre quem o
Espírito de Deus repousa fazendo-o restituir a liberdade aos cativos (Lc 4, 16-22)
e em outros momentos, acrescenta ainda, "O Reino de Deus está no meio de vós"
(Lc 17, 21). Tudo isso para dizer que os homens é que são responsáveis pela construção
do Reino, e que toda e qualquer forma pela qual o povo se organiza para uma sociedade
mais fraterna e mais justa constitui um passo na construção do que Jesus anunciou.

Características do Reino de Deus

I. O Reino de Deus é dos pobres
É pela sua vivência que Jesus recorda ao povo as palavras de Isaías e o faz
compreender mais uma vez que a libertação só viria através do próprio povo pobre
e sofredor.
Como filho de carpinteiro, Jesus viveu no meio de camponeses, onde se criou,
trabalhou, ajudou multidões e escolheu seus discípulos. E foi aí, no meio
dessa gente, que brotaram as raízes do Reino que Jesus inaugurou.
II. É um Reino de Amor
Jesus insiste que todos somos filhos de um mesmo pai que é Deus. E por sermos
filhos do mesmo pai, temos por obrigação, respeitar os outros, nos seus direitos
fundamentais, e temos o direito de sermos respeitados como filhos de Deus e como
gente (Jo 15, 12). Esta é a motivação profunda para o amor fraternal que deve
existir entre os homens. Mas Jesus não quer dos homens apenas fraternidade.
Ele também dá exemplo de misericórdia que se traduz no gesto de não julgar,
não condenar as pessoas, ser compreensivo (Lc 6, 36-38), ter ternura e gratuidade
(Lc 15, 11-31) e o mais importante: saber perdoar para merecer o Reino. (Lc 6, 27-35)
III. É um Reino Universal
Jesus preocupa-se para que o seu Reino não seja privilégio apenas de um grupo,
mas que este se estenda a todos os povos, e inicia sua caminhada na Galiléia,
onde o povo que o escutava e acompanhava era mais aberto a sua mensagem. Depois
seguiu para Jerusalém, onde foi vítima do cerco dos poderosos que o mandaram para
a cruz. Depois da ressurreição pediu aos discípulos para esperá-lo na Galiléia e
mandou que os apóstolos anunciassem a Boa Nova a todas as criaturas e todas as
nações. (Lc 4, 25-29; Mt 28, 16-20)
Como conquistar o reino
Para entrar no Reino de Deus não basta apenas aceitar a mensagem de Jesus como
verdade, mas , é necessário transformá-la em realidade concreta, e começamos a
transformação quando:
· Nos libertamos da escravidão, da riqueza, do lucro. A alegria dos que conseguem
esta libertação se contrapões a tristeza dos gananciosos. (Lc 18, 23)
· Nos libertamos do ódio e do desprezo pelos outros. Não há ação libertadora quando
o amor, o respeito, a reconciliação e o perdão para com o próximo não existem.
· Nos livramos da sede de dominação. Para que os homens não explorem seus semelhantes
é preciso que encarem o poder como um serviço do povo. (mt 20, 28)

sábado, 9 de junho de 2012

Jesus Cristológico parte 1


Por que estudar esse assunto?


Cerca de dois mil anos se passaram desde a vinda de Jesus a terra. E nesses anos todos, muito se falou sobre ele, suas pregações, suas propostas de um nova sociedade, onde tudo se baseasse no amor ao Pai e aos irmãos. No entanto, poucos conhecem com clareza como era a realidade em que Jesus viveu, como era sua terra, seu povo, etc. E cada vez se torna mais numeroso o grupo dos que precisam saber quem é Jesus.
Jesus não surgiu num passe de mágica e nem veio de outro planeta. Ele veio de Deus, mandado pelo Pai para trazer a salvação aos homens. Jesus se fez homem, habitou entre nós e assumiu plenamente sua condição de Homem-Deus.
Sua terra: Jesus nasceu, cresceu e viveu num país essencialmente agrícola, chamado Palestina.
Seu povo: Nasceu pobre, viveu no meio de gente simples e oprimida, trabalhadores iguais a Ele.
Sua Proposta: Propôs que todos os homens se amassem como irmãos, por serem todos filhos do mesmo Pai. alguns seguiram-no, outros discordaram e o crucificaram; é que para entender as palavras e atitudes de Jesus, captar sua proposta e o porque de sua vida, é preciso conhecer bem sua terra e seu povo.

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Parte 1 – O lado econômico

De que modo vivia o povo na Palestina?

O povo vivia da agricultura, pecuária, pesca, artesanato, e outras profissões.
Agricultura: desenvolveu-se sobretudo na Galiléia, onde a terra era fértil. Produziam trigo, cevada, legumes, frutas, vinho e oliveira (Mc 2,23 e Mt 13, 24-26). Na colheita utilizavam muitos operários e recorriam ao uso de tanques para espremer as uvas ou celeiros para armazenar alimentos (Mt 9, 37). Usavam como instrumento de trabalho o martelo, a foice, o arado (Mc 4, 26-29 e Lc 9, 62).
Pecuária: sobressaiu-se na Judéia, onde a terra era menos fértil. Havia o gado de grande porte (bois e camelos) e os de pequeno porte (ovelhas e cabras)(Mt 9, 36).
Pesca: desenvolvida no Lago do Tiberíades. O peixe era a alimentação popular. Usava-se barcas e redes e havia associações de barcas na pesca comum (Lc 5, 1-7).
Artesanato: havia grandes quantidades nas aldeias e nas cidades. A maioria dos artesãos trabalhava por conta própria. Destacavam-se pratos, copos, jarros, óleos, tecidos, perfumes, etc. Os artigos de luxos eram consumidos nos grandes centros comerciais como a Galiléia (Jo 12, 3).

Como circulavam os produtos

O comércio, para circular seus produtos, enfrentava sérias dificuldades devido as regiões montanhosas, estradas difíceis e inseguras. Mas apesar disso conseguiu desenvolver tanto nas aldeias quanto nas cidades. Nas aldeias o comércio baseava-se na troca de um produto por outro, enquanto nas cidades era mais desenvolvidos. Havia feiras, vendas, pequenas lojas, comércio internacional e vários sistemas de moedas, como por exemplo, o denário romano (Mc 12, 13-17), ciclo judeu (Para pagar o dízimo, Mt 17, 27) dracma grega ou mina fenícia (para o comércio com os estrangeiros, Lc 19, 13).
Transportes
Os transportes eram de três tipos: os veleiros (usados no mar), os camelos (usados no deserto) e as burrinhas (usadas na serra).

Como viviam os que estavam na produção?

Na Palestina, a maior parte da população vivia no campo e era constituída de trabalhadores pobres que recebiam um denário como salário de um dia. Na cidade moravam os ricos que se beneficiavam com os lucros que essa gente sofrida do campo lhes proporcionava. Nessa época, muitos trabalhadores deixavam o campo e iam para a cidade na ilusão de encontrar emprego. Com isso, aumentava o número dos desempregados, marginalizados e mendigos. (Mt 20, 1-16)

Impostos

Se fizermos um paralelo entre a Palestina do tempo de Jesus e a atual situação brasileira, descobriremos que não há muita diferença entre as duas realidades. Como acontece ainda hoje, enquanto os camponeses viviam explorados sob pena de pesados impostos, ricas propriedades de terra eram construídas, sobretudo na Galiléia.
Haviam impostos de vários modos: os romanos cobravam ¼ das colheitas que logo eram vendidas e trocadas por moedas; cobravam a corveia para alimentar as tropas; o pedágio sobre o transporte de mercadorias e taxas alfandegárias. Grandes somas partiam de Jerusalém para Roma. Esses impostos eram arrecadados pelos publicanos que pelo fato de serem corruptos eram desprezados pelo povo. Um deles era Mateus (Mt 9, 1-13).
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Organização do Templo

O Templo era o centro do poder econômico. Todos os impostos eram centralizados ali. Graças as peregrinações, os visitantes, os quais eram cerca de 60 000 durante a Páscoa) alimentavam um artesanato de lembranças, objetos de luxo, conjunto de hospedarias, grande comércio de animais para sacrifícios. Além de principal fonte de renda o centro funcionava também como fonte de empregos. As obras para reformá-lo e ampliá-lo reuniram grande número de operários. Entre eles sacerdotes, vendedores e cambistas que somavam ao todo cerca de 18 000 pessoas vivendo da organização do templo. (Jo 2, 20)
Tanto Jerusalém (cidade situada numa região árida, sem vias de comunicação, falta d’água e matéria prima) quanto a Palestina dependiam totalmente dessa organização. O tesouro do Templo era o mesmo do Estado e a administração se fazia se fazia por três grandes sacerdotes chamados chefes de finanças. Por isso quando Jesus falava de destruir o Templo e construir em três dias, na verdade o seu objetivo era questionar a estrutura econômica cuja base era o Templo. (Mc 14, 58)
Em seus ensinamentos, Jesus mostra que conhece bem a realidade do povo. Ele que morava no campo, numa aldeia chamada Nazaré, era filho de carpinteiro, vivia do pagamento que recebia dos serviços prestados, pagava impostos aos sacerdotes (Mt 17, 27) e aos romanos (Mc 12, 13-17) não poderia, portanto, distanciar-se dos fatos. Razão pela qual ele constantemente faz referências à vida econômica, ao trabalho dos camponeses, pescadores, donas de casa, desempregados e aponta a relação entre os ricos proprietários e aqueles contratados por eles.

Parte 2 – O lado social

Jesus encontrava sérios obstáculos no seu relacionamento com a sociedade. Há um grande contraste entre os valores da época, os quais em sua maioria criam uma mentalidade preconceituosa e opressora a mensagem libertadora de Jesus.
Na Palestina, a família era patriarcal, ou seja, o pai era a autoridade máxima e dele partiam todas as decisões. A mulher não tinha o direito de participar da vida social. Ocupava posição inferior ao homem e por isso devia obedecer-lhe e ser dirigida por ele. Tantos seus direitos sociais quanto religiosos eram limitados: não deveria aparecer em público com o rosto descoberto, se trabalhava fora, nunca ia sozinha, seu testemunho num tribunal não era aceito; até doze anos e meio o pai poderia vendê-la como escrava, quando casada, tornava-se posse do marido e devia lavar-lhe os pés, as mãos e o rosto, não podia pedir divórcio, pois isso era direito do marido que poderia ter quantas mulheres quisesse; quando ia ao templo, seu lugar era reservado, distante dos homens; não podia estudar, ser discípula, nem ler no culto.
Quando a mulher era estéril, a sociedade a discriminava, pois valorizava-se muito o nascimento de um menino por causa do patrimônio e nome da família. O primogênito tinha parte dupla na herança e na morte do Pai exercia a chefia da família.
Enquanto tivesse idade inferior a 12 anos, era considerado incapaz em matéria de religião, devendo, portanto, freqüentar uma escola especializada no assunto. Jesus também viveu numa família que conservava esses valores. Ele foi a escola da Sinagoga, onde aprendeu a ler, escrever também as Escrituras. Todos os sábados ele ia com os pais a sinagoga para rezar.

Com quem Jesus se relacionava?

No convívio social, bem como nas suas pregações, Jesus demonstra uma preocupação especial pelos pobres. Note que pobres, no tempo de Jesus, designava os humildes, os oprimidos, os marginalizados pela sociedade. E Jesus, através de sua mensagem, procura estabelecer um novo comportamento. E começa questionando os conceitos criados pela sociedade em torno da mulher.

Jesus e a mulher:

No trato com as mulheres, Jesus dá a elas a oportunidade de quebrarem os tabus que as oprimem, dando-lhes condições de respeito e igualdade perante o homem. O primeiro escândalo é quando Jesus fala a sós com a samaritana (Jo 4, 27). A seguir faz as mulheres suas discípulas (Lc 8, 1-3). São as únicas presenças no Calvário (Mc 15, 40-41). Faz das mulheres as primeiras testemunhas da Ressurreição (Lc 24, 1-11; Mt 28, 9-10). Dá a elas o direito de testemunhar sua fé (Jo 11. 25-27), serem respeitadas (Mt 5, 28) e tratadas com igualdade em relação ao homem (Mt 19, 4-5)
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Jesus e o casamento

No que diz respeito ao casamento, Jesus fala pouco, limitando-se a responder as perguntas que lhe são feitas. Colocando-se claramente contra o divórcio (Mt 19, 1-9) e a favor da monogamia (Mc 10, 11). Para Jesus o casamento deve ser sinal do Reino já presente, e portanto, deve ser vivido no amor e na igualdade.
Quando uma mulher era abandonada voltava para a casa do pai ou caia na prostituição. E Jesus, indo muito mais além, questiona as leis que provocavam tais conseqüências (Mc 5, 31-53) e fala de uma sociedade livre (Lc 20, 35)

Jesus e as crianças

Há também no ministério de Jesus, uma manifestação de afeto para com as crianças (Mc 10, 14). Ele reconhece que as crianças têm o lugar na sociedade (Lc 9, 47) e sua espontaneidade e simplicidade fazem delas um modelo para quem deseja conquistar o Reino de Deus (Mc 10, 13-16)
Jesus e as crianças

Jesus e o povo

O povo era constituído dos que viviam do salário do dia-a-dia, dos desempregados e sub-empregados, dos que exerciam profissões vistas como impuras ou grosseiras e dos excluídos da sociedade. E foi do meio desse povo que Jesus escolheu seus discípulos. Quatro deles eram pescadores e já se conheciam, provavelmente das associações de pesca (Mc 1, 16-20). Um era cobrador (Mc 2, 13-14). Alguns possivelmente eram desempregados; um ou dois do grupo dos zelotes que recrutavam sua gente entre a população rural pobre. Todos eram da Galiléia (Mc 14, 70) e por serem de origem popular percebia-se neles certa demonstração de ignorância para com as leis, razão pela qual eram desprezados principalmente pelos fariseus. (Mc 2, 18; 2, 23; 7, 2)

Jesus e os excluídos

com certeza, as mulheres e as crianças não eram as únicas pessoas marginalizadas pela sociedade. Em situação semelhante, encontravam-se os surdos, os mudos (Mt 9, 32-33), os cegos (Mt 20, 29-34), os doentes mentais e contagiosos (Mc 1, 40-44), os pagãos e os escravos.
Por causa da falta de higiene, era grande a contaminação de doenças. Em conseqüência, os doentes eram afastados da vida social (Jo 5, 2-8) e acreditava-se que as doenças eram conseqüências dos pecados destas pessoas ou de seus pais (Jo 8, 1-3) e que desta forma o demônio de apoderava delas (Mt 8, 1-4; 9, 1-8). Mas Jesus os libertava de seus males e os fazia retornar ao convívio social (Mt 2, 29-34).
Encontrava-se também no grupo dos excluídos, as prostitutas e os estrangeiros. Considerava-se uma mancha para a família que tinha um de seus membros casado com um estrangeiro, escravo, mãe solteira, etc. (At 10, 28). Os samaritanos eram excluídos por serem descendentes de um raça mista, ao contrário dos judeus que eram de raça pura. Mas Jesus contestava apresentado-os como modelos de pensar, agir, amar e rezar. (Lc 10, 23)
Curiosidade: você sabia que no N.T., a palavra povo aparece mais de 300 vezes? Isso nos mostra o quanto Jesus se identificava com o povo.

Situação política da sociedade do tempo de Jesus

Divisão Territorial

A Palestina era dividida em duas partes:
  • Judéia e Samaria, ao Sul;
  • Galiléia, ao Norte.
Na Judéia e na Samaria, havia um procurador romano, ou seja, alguém que governava em nome do Imperador Romano. Morava em Cesaréia.
A Galiléia tinha um rei, que na época de Jesus, era Herodes. Morava em Tiberíades.
Herodes era amigo de César, o Imperador Romano, e para não perder o seu cargo, fazia tudo para agradá-lo.
Na Judéia e na Samaria, o Procurador deixava o Sinédrio – governo judeu – exercer o poder. Nomeava o Grande Sacerdote e só intervinha quando havia protestos populares.

Poder Judaico

Nas aldeias, os problemas eram resolvidos por um conselho de anciãos, formado por grandes fazendeiros e comerciantes ricos. Participavam também escribas e sacerdotes (Mc 14, 53-54; 15, 1).
Em Jerusalém, mandava um Conselho chamado Sinédrio , composto por 71 pessoas.
Faziam parte do Sinédrio
· Os Grandes Sacerdotes, que moravam em luxuosos palácios;
· Os Anciãos, chefes de grandes famílias, latifundiários ou comerciantes importantes;
· Escribas (intelectuais) membros da classe média.
O Sinédrio funcionava como tribunal criminal, político e religioso. A sua autoridade se estendia sobre toda a Palestina. Era o órgão central do poder teocrático. Tinha a função legislativa político-religiosa. Mandava leis e decretos para toda a Judéia sob o controle do procurador romano. Tinha também a função judicial e administrativa.
Julgava as causas extraordinárias (econômicas, criminais, políticas e religiosas) (Mc 14, 55; 15, 43).
Combateu o movimento de Jesus (Mc 11, 18; At 4, 5-6; 5, 17.21)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Batalha da Adoração

Por Ron Owens
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Por toda a eternidade passada, até onde Deus abriu a cortina para nosso conhecimento, sempre houve adoração. Desde que houve algum ser criado no céu, sempre houve adoração. No centro do motim no céu, liderado pelo arcanjo Lúcifer, estava a questão da adoração. Sendo arcanjo, Lúcifer obviamente tinha algo a ver com a adoração no céu, mas por causa do orgulho que invadira seu interior, achava que era ele quem devia ser adorado. Uma terça parte do exército angelical se ajuntou com ele na sua revolta, tentando destronar a Deus a fim de que o próprio Lúcifer pudesse se assentar no seu lugar, e ser adorado por todos os exércitos dos céus (Isaías 14:12-14).
A próxima vez que temos um confronto pessoal a respeito da adoração entre Lúcifer (agora Satanás) e Deus foi depois do batismo de Jesus por João no rio Jordão. Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto para ser tentado pelo diabo (Mateus 4:1). Na essência daquela tentação, Satanás ainda estava tentando fazer com que Deus se dobrasse diante dele (Mateus 4:9). Satanás sabia que se o Senhor Jesus lhe dobrasse o joelho em adoração, o estaria reconhecendo como ser superior, e que a batalha que prossegue até hoje em torno da devoção e adoração da humanidade já seria decidida.
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Todos São Adoradores
Fundamentalmente, a batalha que prossegue nas regiões celestiais tem a ver com adoração. Diante de quem a humanidade vai se prostrar, e a quem vai adorar? Esta é a questão que os missionários enfrentam em cada lugar para onde vão, até aos confins da terra. É também a questão que cada dirigente de adoração enfrenta aqui no mundo ocidental, nos países "cristãos". A quem os povos pagãos, e a quem as pessoas sentadas nos bancos das igrejas, vão adorar? Ou a quê vão adorar?
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Basicamente, Deus colocou na natureza do homem a necessidade e o desejo de adorar. Você pode ir até o lugar mais longínquo da terra e descobrirá que não precisa ensinar as pessoas a adorar. Já estão adorando a algum deus. Às vezes, é uma multiplicidade de deuses, mas já reconhecem um ser supremo e superior. Todos somos adoradores.
Um amigo meu que é pastor de uma igreja grande no estado de Arkansas, nos EUA, disse-me o seguinte: "Ron, se eu tivesse mais adoradores na igreja aos domingos de manhã, haveria uma adoração muito melhor".
Respondi-lhe: "Os bancos da igreja estão cheios de adoradores... Todos estão adorando a alguma coisa". Por exemplo, se for numa época de campeonato nacional de futebol, ou de Copa do Mundo, você logo poderá notar o que é mais importante para as pessoas. Podemos oferecer nosso tempo a Deus desde que não entre em conflito com aquilo que é mais importante para nós. Todos adoram a alguma coisa ou a alguém.
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O Que Significa Adoração
O ajuntamento do povo de Deus em adoração coletiva é de importância vital à vida da igreja. O que se passa neste tempo deveria preparar o caminho para que Deus visitasse seu povo em avivamento. É possível, entretanto, que o período de "adoração" no culto seja mais um obstáculo do que uma preparação para o avivamento. Como isto pode ser? Vamos examinar primeiro o que é adoração, e depois comparar com o que fazemos hoje.
A palavra que é mais usada para adoração no Velho Testamento do que qualquer outra palavra é shachach. Sempre significa o ato de ajoelhar-se, abaixar-se, curvar-se, dobrar-se, ou prostrar-se diante da pessoa que é objeto de adoração.
"Inclinaram-se, e adoraram ao Senhor, com o rosto em terra" (Neemias 8:6).
"Também os anciãos prostraram-se e adoraram" (Apocalipse 5:14).
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Verdadeira adoração, portanto, deve começar com uma atitude de coração, de prostrar-se ou curvar-se em reverência diante daquele a quem adoramos. Em alguns casos pode haver até uma expressão corporal desta atitude.
Mas muitas vezes, no Velho Testamento, mesmo quando o povo realizava o ato físico que expressava esta atitude, pelo fato de não o fazerem de coração, Deus nem dava atenção ao que estavam fazendo.
Em Isaías 1, Deus disse: "Nem ouço quando estendem a mim suas mãos em oração" (v.15), porque não o faziam de coração. Adorar a Deus em espírito e em verdade é essencialmente uma questão de coração. Jesus disse que é isto que o Pai procura, e isto é verdade até hoje (João 4:23-24).
No Novo Testamento, a palavra mais usada para adoração é proskyneo, que significa basicamente a mesma coisa: curvar-se, dobrar-se, abaixar-se, ajoelhar-se. Contém também uma figura belíssima de beijar a mão da pessoa a quem se adora. Se não fizermos essas coisas fisicamente, pelo menos no nosso coração deve haver esta atitude de nos abaixar, de curvar-nos e ajoelhar-nos diante daquele a quem estamos adorando, se verdadeiramente estivermos adorando a Deus.
Hoje vemos muito pouco desta atitude de abaixar-se e de humilhar-se na adoração. Ao contrário, parece que passamos uma proporção muito maior de tempo em pé, celebrando. Você costuma ver esta atitude de abaixar-se, ajoelhar-se, e curvar-se diante daquele a quem estamos adorando na igreja hoje? Fomos arrebatados pelas tendências modernas, e praticamos muito mais celebração do que adoração.
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Celebração faz parte integral das nossas vidas. Fomos ordenados a celebrar. Os filhos de Israel receberam ordens para celebrar em memória da Páscoa, por exemplo. Tanto a adoração como a celebração devem fazer parte da vida da igreja, mas há uma diferença importante entre as duas. Na adoração, há um senso de temor e reverência por quem Deus é. Ele é o foco da adoração. Na celebração, regozijamo-nos e deleitamo-nos naquilo que Deus faz, ou naquilo que Deus já fez. Na verdade, a mais pura celebração brota de um coração que adora. É claro que há um lugar para celebração na vida da igreja, mas nunca deveria substituir a adoração a Deus!
Não temos notícia de um avivamento sequer que tivesse começado com um povo em constante celebração, e nunca em adoração. Pelo contrário, temos muitos registros de tempos de visitação que começaram quando o povo estava prostrado diante de Deus (Zacarias 1:3; Atos 1:13-14; 2:1-4). As exigências de Deus não mudaram: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (II Crônicas 7.14).
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Conheça as novidades do Windows 8 Release Preview

 

Na quinta-feira (31/05), a Microsoft liberou uma nova versão para avaliação do Windows 8. Nessa versão, além de contar com 14 opções de idioma, foram inúmeros os avanços, se comparada com as duas outras antecessoras.

Tela inicial do Windows 8 (Foto: Reprodução)

Evolução contínua

Nessa terceira prévia, o sistema operacional apresenta uma grande evolução em estabilidade e melhor suporte ao reconhecimento de hardware. Também é possível perceber uma melhora significativa no consumo de recursos do PC (memória RAM, processador), o espaço em disco ocupado também diminuiu.

A interface Metro está mais acessível. Foram corrigidos alguns bugs presentes nas versões anteriores. Usuários que possuírem notebooks com trackpad certamente irão tirar melhor proveito do seu equipamento nessa nova versão. Sem dúvidas, a experiência de usabilidade com a nova interface começa a fazer mais sentido.

Como já era de se esperar, os aplicativos presentes no Windows 8 também apresentam melhoras significativas em seu desempenho e facilidade de uso. Para quem necessita trabalhar com múltiplos monitores, nessa versão foram corrigidos os problemas de conectividade e transição entre as áreas de trabalho.

O navegador padrão, Internet Explorer 10 está integrado com o Adobe Flash em sua engine de renderização do conteúdo, não mais como um plugin. Com isso, o resultado é uma melhora significativa na navegação.

Menu com todos os aplicativos instalados no PC (Foto: Reprodução)

Suporte a vários idiomas
Foi adicionado o suporte a 14 idiomas, inclusive o português brasileiro. Além disso, foram adicionadas a classificação de conteúdo local no recurso de ‘Proteção para a Família’.

Instalação
Para os usuários que possuem a versão do Windows 8 Consumer Preview, está disponível para download um gerenciador de atualização, que pode ser baixado neste link. Através dele, será feito o download e instalação da versão Release Preview. Porém se o método de instalação escolhido for esse, o idioma padrão será mantido, e se o usuário quiser, poderá adicionar o português posteriormente. Mas de acordo com testes feitos enquanto essa análise era elaborada, foi identificado que o sistema ficará com suporte parcial ao idioma adicionado. O ideal é baixar a ISO de instalação e fazer uma instalação a ‘partir do zero’ com o idioma escolhido e arquitetura correspondente ao hardware.

O procedimento de instalação do Windows 8 continua o mesmo, a coluna Tira-dúvidas de tecnologia já apresentou como instalar o sistema numa máquina virtual. Se o leitor preferir, pode fazer uma instalação no próprio PC, mas vale salientar que toda a instalação de um sistema operacional envolve riscos e é extremamente recomendável que seja precedida da realização de uma cópia de segurança dos arquivos importantes.

O Windows 8 Release Preview é uma versão beta da versão que deve ser lançada oficialmente até o final de 2012. E por isso, ao instalá-lo é preciso levar em consideração que essa versão não é estável e não deve ser usada em produção. Ela serve com uma prévia do que está por vir e certamente até o seu lançamento definitivo os problemas apresentados serão corrigidos e novas funcionalidades serão adicionadas.

04/06/12 por ronaldoprass G1

 

Já usa o Windows 8? Experimente esses 15 aplicativos

 

Com estes apps para dar para ter um gostinho do que o novo sistema da Microsoft poderá oferecer

O 8 ainda não foi lançado, mas os consumidores com espírito aventureiro já podem baixar e instalar uma prévia do sistema para conhecer as (muitas) novidades. Uma delas é a Store, a loja onde os usuários poderão adquirir aplicativos para o sistema operacional. No momento ela ainda tem um catálogo pequeno, apenas com aplicativos gratuitos, mas já dá para identificar algumas pérolas que vale a pena conhecer. Se você já instalou o 8, estes são 15 aplicativos que você tem que experimentar.

1. Evernote: Esta versão não se parece nada com a já disponível para o 7, e foi feita do zero. Você pode criar, ler e compartilhar anotações. Só não entendi a ausência de uma aba de “preview” que mostre as notas. Em seu lugar temos um pequeno ícone. Mas aposto que isso será corrigido em breve.

2. Cook Book: Chefs amadores, esta é para vocês: são mais de 200 mil receitas provenientes do serviço online Big Oven. A variedade é imensa, de aperitivos simples a pratos sofisticados, e há listas detalhadas de ingredientes e instruções, bem como opiniões de outros usuários.

3. Kayak: Este é um app simples que faz cumpre bem o que promete: lhe ajudar a encontrar os melhores hotéis. Há opiniões de outros usuários, instruções de como chegar (usando o Bing Maps) e fotos de vários hotéis ao redor do mundo.

4. Vimeo: Esta é provavelmente uma das apps mais bonitas para o 8, com uma interface rápida e fluida e um grande catálogo de clipes de alta-qualidade, sem muito do “lixo” que encontrado no YouTube. 

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Vimeo

5. Dictionary: O nome é auto-explicativo. Bom para quem está aprendendo inglês.

6. Wordpress: A popular plataforma de blogs tem um bom app na Store. Ele mosta todos os blogs de forma elegante, e permite que você folheie os tópicos e compartilhe links, imagens e texto a partir de qualquer outro app no sistema.

7. Ashampoo ImageFX: Mais “brinquedo” do que utilitário, este programa permite aplicar toneladas de efeitos e filtros engraçadinhos a suas imagens. E elas podem ser compartilhadas com qualquer outro aplicativo no sistema, como o Wordpress.

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Ashampoo Image FX

8. Lyrics: A MusicMatch tem um app que permite buscar por letras de músicas, mas que também se integra à sua biblioteca local e mostra as letras das músicas em seu computador. É um ótimo exemplo de uso da visualização de dois aplicativos “lado a lado” no sistema operacional. Na imagem abaixo tenho, à esquerda, o app Music tocando “Shiny Happy People” do REM, e à direita o Lyrics me mostrando a letra da música.

9. USA Today: Um excelente exemplo de como deveria funcionar a leitura em um tablet. Traz o conteúdo completo da versão online do jornal USA Today, “empacotada” em um formato fácil de ler e com um ótimo bloco de preview para sua tela inicial.

10. Physamajig: Um jogo divertido onde você pode desenhar cenários, animar objetos e simular a interação entre eles. É uma ótima forma de aprender física.

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Physamajig

11. Pinball FX 2: Um jogo de Pinball completo, e um dos jogos para 8 com os melhores gráficos. As mesas são muito bem feitas, com grande atenção aos detalhes.

12. PhotoVault: Bom para quem ama fotografia, mostra as mais belas fotos feitas ao redor do mundo. De Zebras na Savana a cenas de uma copa do mundo, há algo para todos os gostos.

13. Grantophone: Simula instrumentos musicais em seu PC com o 8. Você pode personalizar os instrumentos e criar composições que vão do techno ao clássico.

14. Carmen Sandiego: Essa é para os mais jovens, um quebra-cabeça que tem a matemática como tema e é muito divertido. 

15. Cut the Rope: Este quebra-cabeças é sucesso no iPhone e em smartphones Android. A jogabilidade é aparentemente simples: corte as cordas e leve a bala até o faminto monstrinho Om-Nom no fundo da tela. Mas logo você terá de lidar com pêndulos, cordas elásticas, sopradores, espinhos, múltiplos cortes em sequência e muito mais. “Fofo” e viciante.

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Cut the Rope

Metro ou Desktop?

A principal crítica em relação à interface Metro e seus apps é que eles são simplificados em relação aos programas que já usamos num PC desktop. Talvez sejam mesmo. Mas acho que a maioria dos usuários não vai se importar. Isso nos leva à velha discussão entre as duas experiências de uso no 8, a nova interface “Metro” e seus aplicativos otimizados para toque e a “Classic”, com o bom e velho desktop que já conhecemos de versões anteriores.

A maioria dos usuários usa um site ou programa para um propósito específico e raramente precisa de opções avançadas. Este é o coração da experiência Metro, “filtrar” informação muitas vezes complexa e apresentá-la em uma interface simples e clara. É o que a maioria dos usuários quer. E mesmo nós que temos mais conhecimento técnico muitas vezes adoramos uma abordagem mais simples.

E é aqui onde, teoricamente, a Microsoft tem uma vantagem em relação a concorrentes como a MS e o  Google. Quando você precisar de mais opções e flexibilidade do que o oferecido por um app Metro, pode voltar ao Desktop tradicional com todos os seus menus, botões, barras de ferramentas e os aplicativos que você já conhece. Apesar do ceticismo, acho que o povo de Redmond está certo em sua abordagem no 8: dois mundos unidos, sem que você tenha que abrir mão de recursos de nenhum deles.

 

Sandro Villinger, ITWorld EUA

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